Doen As Cr Nicas
UC Enfermagem ao Idoso
Aceitação da Doença Crónica
Nas últimas décadas, a esperança média de vida da população teve um aumento significativo, resultado dos avanços científicos e tecnológicos, da urbanização, da melhoria do saneamento básico, do desenvolvimento económico e globalização alimentar. Todo este processo levou a uma mudança do estilo de vida da população, que foi sendo reflectida pelas alterações na saúde. O século XXI apesenta assim um novo desafio: as doenças crónicas. (GAUDÊNCIO, et al, 2010)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define por doença crónica
“todas as doenças que têm uma ou mais das seguintes características: são permanentes, produzem incapacidade/deficiências
residuais,
são
causadas
por
alterações
patológicas
irreversíveis, exigem uma formação especial do doente para a reabilitação, ou podem exigir longos períodos de supervisão, observação ou cuidados.” (SILVA, 2008, p. 24)
Estima-se que as doenças crónicas sejam responsáveis por cerca de 60% das mortes em todo o mundo, sendo a diabetes, as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias e alguns tipos de cancro, as doenças que apresentam a maior taxa de mortalidade. (Ordem dos Enfermeiros,
2010)
Em Portugal o último Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006) feito pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) concluiu que 52,3% da população tem pelo menos uma doença crónica diagnosticada, sendo a hipertensão a doença crónica com maior prevalência, afetando cerca de
20% da população. (INE, 2009)
Os idosos constituem a população com maior risco de desenvolver doenças crónicas, uma vez que, estas doenças são características do processo natural de envelhecimento. Martins (2003)
“refere que apesar do envelhecimento ser um processo natural, com o avançar da idade aumenta a probabilidade do aparecimento de doença crónica.” (SILVA, 2008, p. 23) Este risco é ainda potenciado por factores genéticos predisponentes, e por factores resultantes do