Cotas Raciais além de um retrocesso são ilegais e injustas

COTAS RACIAIS ALÉM DE UM RETROCESSO, SÃO ILEGAIS E INJUSTAS

A política de cotas raciais nas universidades federais foi instituída pela lei nº 12.711/2012 e define que as universidades federais deverão reservar vagas para pessoas negras, pardas e indígenas. Tem como justificativa uma forma de reparação na segregação dos negros por motivos históricos socioeconômicos que advém de quatro séculos escravagistas. As cotas raciais não são uma inovação brasileira, esse modelo foi implantado pelos EUA nas suas universidades na década de 60 do século passado, após advento da morte de Martin Luther King e bandeira do governo de John Kennedy contra a segregação racial.
É necessário levar em conta que nos EUA, há grande polarização de negros e brancos, os negros por sua vez são minoria e marginalizados, eram inclusive proibidos de frequentar escolas, universidades e estabelecimentos comerciais de brancos, diferente do Brasil que segundo censo do IBGE/2010 a maioria da população se autodeclara parda ou negra e que desde 1951 a lei Afonso Arinos protege os negros de possíveis discriminações.
Ou seja, as cotas raciais aqui no Brasil ao invés de inserirem os negros pobres nas universidades para ascensão social acabam dividindo os grupos sociais interessados, em pretos e brancos pobres, contrariando o princípio de igualdade da Constituição Federal de 1988. Nesse pressuposto de reparação histórica os negros são descendentes de escravos e os brancos descendentes de senhores escravocratas, porém a historiografia demonstra que essa divisão não era tão rígida, documentos comprovam que muitos negros libertos eram inclusive proprietários de escravos bem como imigrantes europeus viviam quase na miséria e a miscigenação atual da sociedade brasileira se deve a um século de cruzamento de negros e brancos principalmente nas classes desfavorecidas.
A sociedade brasileira não é e nunca foi homogênea e estratificada, ao utilizar o critério de fenótipo na seleção das cotas raciais ignora