Corrupção no Brasil
Esquema de corrupção no Turismo era feito por empresas de fachada, diz PF; pasta concentra seis de 33 presos
O esquema de corrupção no Ministério do Turismo, desmantelado nesta terça-feira (9) por uma operação da Polícia Federal em três Estados, era realizado por meio de empresas de fachada. A informação foi divulgada pelo diretor-executivo da Polícia Federal, delegado Paulo de Tarso Teixeira, em entrevista coletiva realizada em Brasília.
Na operação, batizada de “Voucher”, 33 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Ministério do Turismo foram presas desde o início da manhã --há, contudo, 38 mandados de prisão expedidos (19 de prisão preventiva e 19 de prisão temporária) e sete de busca e apreensão. Os mandados foram efetuados em São Paulo, Distrito Federal e Macapá. "No total, são 33 mandados [de prisão] já cumpridos, até o momento", confirmou o delegado após informações desencontradas dadas pela polícia durante o dia.
Entre os detidos estão o secretário-executivo e número dois na hierarquia da pasta, Frederico Silva da Costa, além do ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários. Só do ministério, informa a PF, são seis presos. Costa, Moysés e Silva Filho, presos preventivamente, serão levados ainda hoje para a PF em Macapá (AP).
“Para a Justiça expedir mandados de prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas; se não tivessem provas robustas, elas não seriam preventivas”, justificou o delegado sobre as prisões dos servidores da pasta.
De acordo com a PF, há fraude no convênio de R$ 4,4 milhões firmado em 2009 entre o ministério e o Ibrasi, que deveria ter beneficiado 1.900 pessoas por meio de cursos de capacitação. As investigações corriam desde abril e devem prosseguir ainda por