Corrupção no Brasil
Para entender a corrupção no Brasil, é necessário que se saiba primeiramente: o que é corrupção?
Para o termo corrupção existe um grande número de definições, todas elas apresentando um ponto em comum: a ilegalidade.
De acordo com Silva (2001), “a corrupção não é somente uma questão policial, mas também um fenômeno que pode ser estudado cientificamente. Assim, o fenômeno da corrupção seria passível de ser estudado como um comportamento racional dos agentes econômicos que agem em um mercado”.
Johnson (1975) cita que: “existe corrupção governamental se há desvio das receitas governamentais e do fluxo de renda nacional para aumentar a riqueza privada de membros do governo, quando a estes não é conferido esse direito”.
Já Andvig et all (2000, p.12) distingue a corrupção econômica, que ocorre em uma situação de mercado e está ligada a uma troca de dinheiro ou de bens materiais, da corrupção social, que pode ser considerada uma forma de clientelismo. A corrupção social pode utilizar outras formas de favorecimento, como nepotismo, proteção ou favorecimento étnico.
Outra definição interessante é dada por Nye (1967) apud Andvig et all (2000, p.12) onde aponta a corrupção como sendo “o comportamento que se desvia das obrigações formais do cargo público (eletivo ou por indicação) por causa de vantagens pessoais, de ganhos de riqueza ou de status”.
Shleifer e Vishny (1993, p.599) definem corrupção como a venda por funcionários públicos de propriedade do governo para ganho pessoal.
Dadas algumas definições, o presente trabalho dará ênfase na corrupção que ocorre com maior incidência nos três níveis de governo da esfera pública e que alcança a administração pública.
A corrupção é uma forma de negação ao bem-estar coletivo, visto que os agentes públicos se apropriam de bens pertencentes ao governo que deveriam ser utilizados para o bem comum, e executam suas atividades visando o beneficiamento