Corrosão Intergranular no Aços Inoxidáveis
DEFINIÇÕES
Aços inoxidáveis – são ligas que possuem em sua composição pelo menos 10,5% de cromo, no máximo 30% de níquel, além de outros elementos como, por exemplo, molibdênio, titânio e nióbio que podem ser acrescentados a sua estrutura a fim de se obter determinadas características. Tem como principal elemento de liga: Cr (normalmente superior a 12%). O Cr forma um fino filme de óxido de Cr aderente a superfície do aço que a protege a contra a corrosão.
Classificações:
Ferríticos - possuem de 11 a 17% de cromo e menos que 0,3% de carbono .Não possui níquel e são mais econômicos. Os aços ferríticos possuem grande resistência a corrosão sob tensão e sua resistência pode ser aumentada por trabalho a frio. Apresenta fácil conformação, são magnéticos e soldáveis com alguns cuidados especiais.
Austeníticos - possuem de 17% a 25% de cromo, e de 7% a 20% de níquel. Apresentam alta ductilidade e soldabilidade e são o tipo de aço inox mais utilizado por apresentar melhor resistência a corrosão, principalmente se adicionados elementos como o molibdênio ou reduzido seu teor de carbono. Não são magnéticos e podem ser utilizados para trabalhos a temperaturas muito baixas (menor que 0°C) ou muito altas (até 925°C).
CORROSÃO INTERGRANULAR
A corrosão intergranular acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos de grão. Observando-se que os grãos vão sendo destacados a medida que a corrosão se propaga.
O principal fator responsável pela diferença na resistência a corrosão da matriz (material no meio do grão) e do material vizinho ao contorno é a diferença que apresentam na composição química nestes locais.
Deste modo, mesmo que a alteração na composição química não seja suficiente para eliminar totalmente a capacidade de formação da camada passiva, verifica-se que existe uma corrente de corrosão devido a diferença de potencial ocasionada pelas características diferentes