Relatório Biomateriais
Biomateriais Metálicos
Os Biomateriais Metálicos devem apresentar propriedades mecânicas como resistência à corrosão, biocompatibilidade e resistência mecânica. Biocompatibilidade é o termo que define a capacidade do material de induzir uma resposta apropriada no hospedeiro em uma aplicação específica. Os implantes entram em contato com células vivas e fluidos biológicos, constituindo um meio agressivo para metais, podendo ocasionar falhas por corrosão ou fratura.
Aços inoxidáveis austeníticos, ligas de cromo-cobalto e ligas de titânio são os metais mais comumente utilizados como biomateriais metálicos. Os aços inoxidáveis apresentam boa resistência mecânica, porém a resistência à corrosão deles é mais baixa em relação aos outros materiais utilizados. Entretanto, seu uso ainda é muito difundido tanto em estruturas de fixação temporárias (pinos, parafusos) e próteses permanentes, devido ao seu baixo custo [1].
O aço inoxidável austenítico de classificação ASTM F 138 é o mais amplamente utilizado. De acordo com a norma ASTM F 138, uma estrutura metalúrgica homogênea é superior em termos de resistência à corrosão e à fadiga mecânica. Tendo em vista tal fato, requisitos para a fabricação de aços inoxidáveis especiais geralmente determinam que estes materiais possuam estrutura austenítica, com grãos finos e de tamanho uniforme, livre de ferrita e com reduzida presença de inclusões, bem como capacidade de passar em testes de susceptibilidade à corrosão intergranular [2].
Corrosão Intergranular
A corrosão intergranular acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos de grão, sendo os grãos destacados a medida que a corrosão se propaga. Na corrosão intergranular dos aços inoxidáveis, a diferença na composição química se deve à formação de uma zona empobrecida em cromo nas vizinhanças dos contornos de grão, em conseqüência da precipitação de carbonetos de cromo. A formação desta zona