Corrida de cavalos
Em 1881, fazem-se as primeiras corridas nas Alamedas do Campo Grande, mas o entusiasmo popular é fraco. Dois anos depois extingue-se o Jockey Club.
A "Sociedade Promotora de Apuramento de Raças Cavalares", que arrematara os bens do Jockey Club, ainda realiza algumas corridas, mas o público revela-se desinteressado.
O episódio das "Corridas no Hipódromo", em Os Maias, de Eça de Queirós, é uma verdadeira sátira ao desejo de imitar o que se faz no estrangeiro, por um esforço de cosmopolitismo, e ao provincianismo do acontecimento. As corridas permitem, igualmente, apreciar de forma irónica e caricatural uma sociedade burguesa que vive de aparências. Não faziam parte das tradições portuguesas como, por exemplo, as touradas, mas surgiram por imitação do que sucedia noutros países.
Vamos, agora, através de um resumo, fazer uma abordagem a cada um desses aspectos.
Antes do episódio X:
Carlos forma-se em Medicina, abre um consultório, mas tem pouco sucesso (apesar de todo o luxo).
Chega uma brasileira à cidade que desperta a atenção de Carlos. Este deseja muito conhece-la.
Mais tarde, Carlos é informado que a filha da brasileira está doente e este vai a casa dela tratar da filha.
Ia todos os dias cuidar da sua doente.
Depois:
No próximo episódio Carlos acaba por conhecer Maria Eduarda.
Resumo:
O capítulo X começa com o fim do encontro de Carlos com Gouvarinho e revela que Carlos já se sente farto desta: “E nessa tarde, como não havia ainda outro esconderijo, tinham abrigado os seus amores dentro daquela tipóia de praça. Mas Carlos vinha de lá enervado, amolecido, sentindo já na alma os primeiros bocejos da saciedade. Havia três semanas apenas que aqueles braços perfumados de verbena se tinham atirado ao seu pescoço – e agora, pelo passeio de S.Pedro de Alcântara, sob o ligeiros chuvisco que batia as folhagens da alameda, ele ia pensando como se poderia desembaraçar da sua