Corporeidade motor
Corporeidade ou Mente corpórea é um termo da filosofia para designar a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo. Corporeidade é supostamente animada pela alma humana que lhe daria transcendência pelo nosso corpo. A corporeidade guarda três dimensões que mantêm uma relação indissociável e complexa: • Fisiológicos (físico), • Psicológicos (emocional afetiva) e • Espirituais (mental-espiritual sendo o universo físico, o universo da vida e o universo antropossocial).
É uma perspectiva inspirada na fenomenologia de Merleau-Ponty, que reconhece que "a cultura científica ocidental requer que tomemos os nossos corpos simultaneamente como estruturas físicas e como estruturas experienciais vividas – em suma, tanto como externos e como internos, biológicos e fenomenológicos". Ressalta-se ainda que o eixo fundamental que articula essas duas estruturas corporais é a corporeidade, que por sua vez assume este duplo sentido: “acompanha o corpo como uma estrutura experiencial vivida e também como o contexto ou o meio de mecanismos cognitivos”. Os autores são enfáticos quando afirmam que a corporeidade tomada nesse “duplo sentido” tem estado ausente da ciência cognitiva, quer seja na discussão filosófica quer seja na investigação prática. E mais: “tanto o desenvolvimento da investigação em ciência cognitiva como a relevância desta investigação para as preocupações humanas vividas requerem a tematização explícita deste duplo sentido da corporeidade”.
Motricidade humana
A criação do conceito da Motricidade Humana, originou-se em 1986 com a defesa da dissertação do poeta e filósofo lusitano Manuel Sérgio, cujo tema era “Para uma epistemologia da Motricidade Humana”. O autor definia a motricidade Humana como Ciência da compreensão e da explicação das condutas motoras, visando o estudo e