Corpo e sexualidade

O Corpo e a Sexualidade

O texto nos traz uma reflexão sobre as concepções que se tem a respeito de corpo e sexualidade e faz, ainda, um paralelo entre o essencialismo e o construcionismo social.
Segundo o autor, muitos estudiosos citam a sexualidade com sendo parte do indivíduo desde sempre, ou seja, seria um instinto que já nasce com o ser e que é controlado pela sociedade o tempo todo. Essa é uma visão essencialista. Por outro lado a obra nos remete a um outro ponto de vista, no qual a sexualidade de um indivíduo não é inata, mas sim construída e influenciada por fatores históricos, sociais e culturais. Essa corrente de pensamento é o construcionismo social.
O construcionismo está preocupado em explicar como a cultura tem entendido as formas de um indivíduo ou grupo de indivíduos possuírem uma sexualidade. Essa corrente quer compreender, por exemplo, os motivos que levam a sociedade a acreditar que a heterossexualidade é normal e a homossexualidade é anormal, ou por que o corpo é visto na cultura como determinante da identidade do indivíduo.
Outro fato interessante citado no texto é como a sexualidade está vinculada a relações de poder-saber. Tanto o indivíduo quanto a população como um todo são controlados e caracterizados. A regulação do comportamento sexual e o disciplinamento dos corpos são conseqüências de uma sociedade que busca o bem estar, a saúde e a prosperidade. Segundo o texto, na metade do século XIX, doenças como a cólera e as venéreas, estimularam tentativas de melhorar o quadro decadente da sociedade. Essas tentativas estavam ligadas à saúde e moralidade pessoal. Vemos nesse trecho a questão da regulação mais uma vez.
É importante entender que a regulação sexual está ligada a diferenças de classe. Os burgueses tendo a intenção de se diferenciar da aristocracia e sua imoralidade e também das classes inferiores com sua promiscuidade, remodelara tanto a política quanto o comportamento sexual às suas próprias idéias. Era uma sociedade onde