Corpo e seus signos sociais

O corpo humano, tão importante para todos, por muitos até considerado sagrado - e acreditam esses que o mesmo deve ser inviolado - muitas vezes por questões religiosas e ideológicas, quando relacionado com o tema Prostituição, obtêm-se o seguinte questionamento: A prostituição pode ser considerada uma falta de respeito com o próprio corpo? A pessoa está desvalorizando-se ao se prostituir?
Como já sabemos, se prostituir que significa oferecer serviços sexuais em troca de um pagamento em dinheiro, mostra a escapatória de algumas pessoas para questões muitas vezes financeiras ou até mesmo, por influência de familiares e/ou falta de oportunidades. Porém, essas pessoas muitas vezes não compreendem a importância de preservar seu próprio corpo, diante um leque de problemas que podem ser causados decorrentes de sua profissão. Utilizar o corpo e através da sensualidade conquistar clientes, cria um estereótipo de futilidade, pois ela é capaz usar seu corpo como objeto, independendo do valor, porque por mais que seja pouco o tempo de um programa, ou de qualquer relação sexual, não há dinheiro que pague a honra e a moral de uma pessoa. Vistas com repúdio e excluídas socialmente, as prostitutas muitas vezes sofrem com o assassinato social, que configura o afastamento e sentimento de inferioridade diante o restante da sociedade.
O corpo é um bem individual, porém através do que fazemos com ele acabamos contaminando os demais, e até mostrando como nós agimos em nosso cotidiano com outras pessoas. Como estamos tratando de garotas de programa, elas muitas vezes, pela profissão que exercem, acabam perdendo o respeito com os demais, pois sua imagem de sensualidade e erotismo em troca de dinheiro configura no pensamento de alguns como pessoa de valor, que pode ser comprada como um objeto qualquer. Muitas vezes deixam de olhar a essência de ser humano delas, que são “iguais” a qualquer outra pessoa, e esquecem que elas merecem respeito, e que muitas vezes seguem esse meio de vida