Corpo Obstáculo e Corpo Possibilidade
Análise sobre a obra de Platão e Foucault no desenvolvimento corporal na disciplina Seminário Interdisciplinar I
Raquel Romeiro Alves
Prof.ª Bárbara Tavares
Universidade Federal do Tocantins
Licenciatura em Filosofia / Licenciatura em Artes-Teatro –
Seminário Interdisciplinar I
14/01/2014
RESUMO Este artigo propõe-se a analisar o trabalho corporal desenvolvido na disciplina Seminário Interdisciplinar I a partir da tese do corpo-inimigo de Platão, em que se descreve o último diálogo de Sócrates e seus discípulos, tal diálogo descreve os sentidos corpóreos inexatos, o corpo como prisão da alma e obstáculo para obtenção de conhecimento filosófico; e também o corpo utópico de Michel Foucault, na qual ele descreve os corpos utópicos. Primeiramente a ideia de um “corpo incorpóreo”; logo depois a ideia de um corpo desfeito, mas sólido e eterno; e por fim o corpo visto como algo sujo que guarda a alma limpa, pura e eterna. Foucault a meio as utopias corpóreas sente-se perdido em relação a seu corpo e começa a avaliar como seria seu corpo utópico, por meio desse questionamento de Foucault analiso meu corpo utópico em relação ao desenvolvimento corporal feito na disciplina de Seminário Interdisciplinar I.
Palavras-chave: Corpo; Alma; Utópico.
Introdução
Este trabalho procura fazer uma explicação, inicialmente, sobre o trabalho corporal por meio da tese do corpo-inimigo descrita no livro Fédon de Platão, nesse texto Platão descreve as últimas horas de vida de Sócrates que foi condenado a morrer bebendo cicuta. Nesse diálogo entre Sócrates e seus discípulos, Sócrates descreve o corpo como obstáculo que separa o homem do conhecimento filosófico. O homem vive constantemente tensões causadas pelo corpo, o corpo sente, sofre, deseja e têm necessidades, essas necessidades são transformadas em pensamento, impedindo assim a alma de buscar a verdade.
Sócrates diz que alma pensa melhor quando o corpo não sente nada,