Corpo mercadoria/corpo mercador
Vivemos em um mudo com tantos padrões, modelos, e tipos ideais que são quase sempre impostos de fora para dentro e não de dentro para fora.
Historicamente falando, desde o período clássico a mais de 400 anos AC até mais ou menos 5 séculos DC., já se traçava um modelo de corpo ideal, os corpos atléticos significavam grandes conquistadores em detrimento aos fracos e oprimidos. No decorrer destes séculos também surgem vários filósofos como Aristóteles que tentava já falar de corpos, ou melhor, valores corporais. Muito embora, apesar de muito longe de nossas ideologias, contribuíram significativamente para nossas conclusões atuais. Muitos padrões, contextos sociais, modelos contribuem também para esse delineamento como casamento, família, religião, sexo, etc. Isto tudo voltado ao modelo masculino em detrimento ao do feminino que não tinha nem o direito de expressar-se. Grandes movimentos marcaram também grandes transformações e colaboraram para tais delineamentos, como Iluminismo, Renascimento, Revolução Industrial. Enfim, comportamentos moldados sempre nos eram impostos. Hoje às portas do século XXI, com certeza, apesar de ainda sofrermos tais influências, mudanças radicais vêem se incorporando a esses valores, caracterizando constantemente a quebra de paradigmas e a constante renovação do homem em seu habitat, o Mundo.
“Sensível agonia de uma história vivida em função do corpo pensado, da idéia de corpo perfeito, regido somente pelo pensar lógico racional, corpo amoldado por valores da moral vigente, de regras pré-visíveis, de comportamentos estereotipados e de reações controladas.”
O corpo é o vetor semântico pelo qual a relação do indivíduo com o mundo é construída, o que ocorre por meio do contexto cultural e social em que o indivíduo se insere. Dentre essas relações, encontramos atividades perceptivas, mas também expressão de sentimentos, cerimoniais de ritos e de interação, conjunto de gestos e mímicas, produção da aparência, jogos sutis da