O Mercador de Veneza
RESUMO Este trabalho tem como objetivo principal discutir de forma ampla e clara a obra o Mercador de Veneza, cujo autor é Willam Shakespeare, demonstrando, outrossim, a importância que possui o instituto da mediação e arbitragem, como opção para alcançar justiça nas decisões. Ao final concluiu analisando a obra com os referidos institutos de composição de conflitos. PALAVRAS-CHAVE: Mercador de Veneza; Conflito; Mediação; Arbitragem e Justiça;
1 INTRODUÇÃO A estrutura da obra tempera um drama trágico com boas doses de romantismo e comédia. É um drama baseado em questões muito presentes nos relacionamentos humanos como orgulho, arrogância, discriminação, o julgamento precipitado em contrapartida com o valor da amizade verdadeira e do amor.
Em “O Mercador de Veneza”, uma virtude recebe especial relevância: a misericórdia ou compaixão. Fazendo uso das palavras de Pórcia: “a misericórdia é uma virtude que não se pode fazer passar à força por uma peneira, mas pinga como a chuva mansa que cai dos céus na terra. É duplamente abençoada: abençoa quem tem compaixão para dar e quem a recebe”. A ausência de misericórdia é muitas vezes explicada pela busca de justiça “ao pé da letra” quando se trata de punir devedores.
O estudo da obra é pautado na história de um grande mercador da cidade de Veneza chamado Antônio, que para ajudar o seu melhor amigo, Bassânio, pega um empréstimo com um judeu que o considera como inimigo, e, como garantia, em caso de inadimplemento, assina um contrato onde se compromete a dar uma libra da carne do seu próprio corpo.
É nítida a relação da obra com a mediação e a arbitragem, mais especificamente com esta ultima, vez que trata-se do processo onde as partes em conflito atribuem poderes a outra pessoa, ou pessoas, para decidirem por elas o objeto do conflito existente, desde que estas sejam imparciais e especialistas na matéria a ser disputada. Além de que a arbitragem não é um instituto novo, desde