corpo humano
INTRODUÇÃO: Poucos são os trabalhos que correlacionaram as repercussões laboratoriais e trombogênicas com os vários tipos de tratamento operatório para correção da hipertensão porta esquistossomática (HPE), cuja fisiopatogênese ainda é pouco compreendida.. OBJETIVOS: correlacionar tamanho do baço com valores dos exames hematológicos pré-operatórios; verificar as mudanças nos valores de exames hematológicos e bioquímicos no pré e pósoperatório tardio de pacientes com HPE; associar operações para tratamento de HPE com a incidência de trombose das veias principais do sistema porta e avaliar as repercussões tardias dessa trombose nos valores de exames hematológicos e bioquímicos. MÉTODO: Foram estudados 80 doentes com HPE, distribuídos em quatro grupos, de acordo com o tratamento cirúrgico: Grupo 1 (n = 16): desconexão portavarizes e ligadura da artéria esplênica; Grupo 2 (n = 24): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total; Grupo 3 (n = 30): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia subtotal e Grupo 4 (n = 10): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total e implantes esplênicos autógenos no omento maior. O tamanho do baço foi avaliado à ultrassonografia, sendo correlacionado com os valores hematológicos. Os resultados pré e pós-operatórios tardios dos exames hematológicos e bioquímicos foram comparados entre os grupos. Avaliou-se ainda a incidência de trombose no pós-operatório tardio, pela ultrassonografia com Doppler. Os pacientes foram redistribuídos em dois grupos, com e sem trombose, cujos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos também foram comparados. Considerou-se o nível de significância de 95%. RESULTADOS: Não houve correlação entre o tamanho do baço e as citopenias observadas no pré-operatório. Plaquetopenia ocorreu em 78 (97,5%) doentes. Leucopenia foi observada em 70 (87,5%) pacientes, a eosinofilia, em 34 (42,5%) doentes e a anemia, em 56 (70%) casos. A atividade de protrombina esteve abaixo de