Corpo estranho
Sávio Lana Siqueira
Thiago Vinicius Villar Barroso
INTRODUÇÃO
A presença de corpos estranhos no organismo animal é uma realidade que provavelmente iniciou com a evolução do homem. O ser humano que vivia em contato com o ambiente hostil de florestas, em convívio com animais terrestres e aquáticos possivelmente era afligido por objetos estranhos, principalmente na pele.
Em nosso meio é comum às pessoas de certa faixa etária da população procurar o médico para retirar uma agulha ou espinho, no temor que esses corpos estranhos, encravados nos tecidos, possam percorrer trajetos longos e, atingindo órgãos vitais, como coração.
A incidência varia com a faixa etária e ocupação. Crianças e jovens, pelo seu espírito de descoberta, têm maior propensão em acidentar com um objeto estranho. Há pessoas que trabalham expostos ao ambiente, como operários e trabalhadores da construção civil, que não fazem uso de equipamentos de proteção individual; esses podem apresentar maior chance de acidentar. Com a exceção de projéteis, que se instalam ao acaso, a maioria dos objetos penetram nos membros e principalmente, nas mãos e nos pés pelo simples fato de que esses orgãos se expõem mais ao acidente. Não existem locais no corpo humano onde não possa instalar um corpo estranho.
LOCALIZAÇÃO
As lesões produzidas por corpos estranhos em um organismo têm por base a pele, mas pode acometer outros locais relacionados ao tegumento: olhos, aparelho gastrointestinal e respiratório, entre outros. Mais comumente, é a pele, boca, nariz, olhos, orelhas e faringe.
I- Pele
1- Fisiopatologia
A pele e os tecidos adjacentes oferecem resistência mecânica à penetração, daí a predominância de corpos estranhos pontiagudos (agulhas, espinhos) ou aqueles com alta energia cinética (projéteis). Elas podem ser perfurantes quando ocasionada por objetos pontiagudos e pérfuro-contusas, causada por pedregulhos e pedaços de vidro.
As reações observadas pela pele ao corpo estranho