Cores de acari- exercito dos anjos
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Na tese Cores de Acari, trabalho de campo executado no complexo de favelas de Acari, será feito um resumo sobre o capítulo V, Exército de Anjos. Deparamo-nos com uma realidade comum em outros complexos de morro do Rio de Janeiro. A existência da dualidade entre o “bem” e o “mal”, dos “anjos” e “demônios”. A metafísica está presente em todos os relatos, é o denominador comum das histórias, dos fatos relatados. Apesar das igrejas católicas existentes no local, nos centros espíritas, a religião predominante é a neopentecostal, isso se dá pela popularidade da seita que facilita a ingresso das pessoas, as promessas que Deus modificará tudo e o grande número de cultos. Nos dois testemunhos iniciais deparamos com dois homens travando uma luta interior. O desconhecimento do seu próprio “eu”, necessitavam de uma fonte externa para encorajá-los a modificar as suas realidades e de como se encontram no interior dessas igrejas. O primeiro homem diz que sentiu o chamado de Deus na música ouvida na voz de uma jovem, que foi relatado com um anjo. Essa canção embalou-o para o caminho da fé, tendo o apoio de sua mulher e sogra que já eram “crentes”. Lá ele “acorda” para outra realidade, deixa o mundo externo (sempre representado pelas forças do mal). No momento da sua conversão há uma autotransformação, que vai do comportamental até a sua vestimenta, como no relato deixa de usar bermudas e tênis e passa a usar calças e sapatos sociais. No segundo relato são alguns amigos que o desvirtua, sozinho, ele não consegue se livrar das drogas e da bebida, mais uma vez o mito, o metafísico aparece. Um amigo evangélico e sua mulher que o levam a segurar na” mão” de Deus levando-o para a igreja, interiormente ele ainda reluta, falta descobrir o real desejo de superação do vício, daí a dificuldade de receber o batismo, seu autoconhecimento ainda não estava completo. Para ele a salvação estava em Deus, apesar da sua busca racional em se modificar, não passou pela