Coqueluche
A coqueluche, conhecida como tosse espasmódica, é uma doença imunoprevenível de grande importância na infância, que pode levar a complicações graves, inclusive com óbito.
A Bordetella pertussis é o agente etiológico da coqueluche, embora quadros clinicamente mais brandos possam ser causados pela Bordetella parapertussis.
Vários outros agentes etiológicos podem determinar apresentação clínica semelhante, conhecida por síndrome pertussis, como alguns tipos de adenovírus, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae, além da Bordetella bronchiseptica. O homem é o único hospedeiro da Bordetella pertussis.
TRASNMISSÃO
Ocorre a partir de uma pessoa contaminada, especialmente, nos primeiros dias da doença.
CONTÁGIO
Acontece pela inalação das secreções respiratórias que o doente espalha pelo ar.
INCUBAÇÃO
A bactéria tem o período de incubação de aproximadamente uma semana a dez dias, quando se prolifera nos pulmões. Ela ataca toda a árvore respiratória (brônquios e bronquíolos) desencadeando um processo inflamatório nos pulmões.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Clinicamente, manifesta-se ao longo de três estádios, após um período de incubação que varia de 7 a 10 dias:
• FASE CATARRAL: de 7 a 14 dias, com manifestações em vias aéreas superiores, com tosse, coriza e lacrimejamento, mimetizando um resfriado comum;
• FASE PAROXÍSTICA: caracterizada por acessos de tosse seguidos de guinchos com expectoração de muco claro, viscoso e espesso, seguidos de vômitos. Dura geralmente de 4 a 6 semanas;
• FASE DE CONVALESCENÇA: desaparecimento dos guinchos com persistência da tosse por até 3 semanas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico é eminentemente clínico, uma vez que a bactéria apresenta dificuldades laboratoriais para ser isolada, necessitando de meios específicos e imediata inoculação no meio após a coleta. Além disso, não está presente no sangue, portanto a hemocultura é quase sempre negativa.
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