Coqueluche
1. Aspectos Epidemiológicos
A Coqueluche é modernamente considerada uma síndrome (síndrome pertussis), podendo ser causada por vários agentes (Bordetella pertussis, Bordetella parapertusis, Bordetella brocheseptica e adenovírus 1, 2, 3 e 5), entretanto, apenas a Bordetella pertussis está associada com as coqueluches endêmica e epidêmica e com o cortejo de complicações e de mortes. Agente Etiológico: a Bordetella pertussis é um bacilo gram-negativo, aeróbio, não esporulado, imóvel e pequeno, provido de cápsula (formas patogênicas) e de fímbrias. Reservatório: o homem é o único reservatório natural de Bordetella pertussis, não tendo sido demonstrada a existência de portadores assintomáticos crônicos. Modo de Transmissão: a transmissão se dá, principalmente, pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, através de gotículas de secreção da orofaringe, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Também pode ocorrer transmissão por objetos recentemente contaminados com secreções do doente. Período de Incubação: é de sete dias, em média, podendo variar entre 7 e 14 dias. Período de Transmissibilidade: a maior transmissibilidade da doença ocorre na fase catarral. Para efeito de controle, considera-se que o período de transmissão se estende de sete dias após o contato com um doente - final do período de incubação - até três semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença (fase paroxística). Suscetibilidade e Imunidade: a suscetibilidade é geral. O indivíduo torna-se resistente à doença nas seguintes eventualidades: * após adquirir a doença - imunidade duradoura; e * após receber imunização básica com DPT - mínimo de três doses de vacina. Distribuição, Morbidade, Mortalidade e Letalidade: entre populações aglomeradas, a incidência pode ser maior em fins de inverno e começo da primavera, porém em populações dispersas a incidência estacional é variável. Não existe uma distribuição geográfica preferencial. A