Copa do Mundo 2014
Introdução
Este trabalho fala sobre os gastos exagerados da Copa do Mundo no Brasil. Mostra também que este dinheiro poderia estar sendo utilizado em coisas mais úteis.
Gastos públicos com a Copa chegam ao absurdo e atentam contra a sociedade (Texto da Gazeta do Povo)
No mundo democrático, pelo menos teoricamente, as pessoas têm liberdade de escolha. Enquanto uns vão aos estádios no domingo, outros preferem ir ao restaurante, ao jogo de vôlei, ao show musical ou ao shopping fazer compras.
Poucos concordariam que o poder público utilizasse o dinheiro dos contribuintes – que deveria ser investido em educação, saúde e saneamento básico – para bancar a construção de restaurantes, casas de show privadas ou shoppings. São empreendimentos particulares, que buscam lucro. Assim funciona o capitalismo. Se fosse diferente não seria capitalismo, seria comunismo ou outra forma de organizar a sociedade.
Da mesma forma, não justifica tirar recursos de áreas de primeira necessidade – o país não tem ensino integral, creches suficientes, hospitais, escolas públicas de qualidade – para construir estádios particulares e outras obras privadas só para atrair uma Copa do Mundo.
E nesse quesito, de gastos públicos com um Mundial de Futebol, o Brasil já é um exemplo, e um mau exemplo. Os números mostram claramente os exageros para um país pobre e atolado em problemas sociais.
A Prefeitura de Curitiba revelou ter gastado R$ 219,7 milhões com a Arena da Baixada e obras diretamente relacionadas ao estádio do Atlético. Com todas as obras ligadas à competição, que só terá jogos desinteressantes na capital paranaense, o município torrou R$ 572 milhões. Isso sem contar os R$ 8,5 milhões de despesas que eram de responsabilidade da Fifa e a prefeitura diz ter assumido.
Quando somados outros recursos do governo do estado e da União, que evitam vir a público fazer uma prestação de contas, os números ampliam o absurdo. E há ainda falta de clareza nos gastos, conforme