Coordenadora
ANDRÉIA DOS SANTOS PAIXÃO
Introdução
A Ciência Geográfica vem se mostrando como um campo do conhecimento que busca entender o mundo e suas contradições veiculadas com as relações socioespaciais, apropriação e uso do meio ambiente. Incessantemente persistindo no desafio da compreensão do espaço ao estabelecer explicações e respostas, e na construção de novos parâmetros que permeiam a interface entre sociedade e suas relações que por ora também são mutáveis. Somente a partir do século XIX que a Geografia alcança reconhecimento sendo considerada como ciência que deva ser estudada em Universidades. Portanto, várias correntes do pensamento Geográfico foram delineadas. Após passar por diversas dessas correntes destaca-se a Geografia Humanista que surge na década de 1970, e seu principal enfoque está no fato de o homem ser contemplado mediante sua percepção de mundo. O pensamento humanista se expressa na valorização do espaço vivido, visto como lugar significativo e valorizado.
Assim, ao lançar um olhar sobre a constituição de um determinado grupo social e as características que o mesmo imprime no espaço em que habita, observa-se que são nas relações triviais do cotidiano nas quais são construídos os laços afetivos, os símbolos, os códigos de conduta, as práticas culturais que estabelecem os vínculos de pertencimento que determinam uma dinâmica que promove identidade e territorialidade. Dentro desse contexto, nos municípios tocantinenses situados na área de influência do lago da Usina Hidrelétrica de Estreito examina-se que as águas do rio Tocantins exercem forte influência na organização espacial dos ribeirinhos que ali se encontram. Fazem parte do universo de pesquisa abordado neste artigo os municípios de Aguiarnópolis/TO, Palmeiras/TO, Darcinópolis/TO, Babaçulândia/TO, Filadélfia/TO, Palmeirante/TO,