Cooperação Sul-Sul. Caso Moçambique
Brasil na Configuração da Governança Global Atual
Rio de Janeiro
2013
Cooperação Técnica Brasil-Moçambique: projeto para suporte técnico à plataforma de inovação agropecuária de Moçambique
Rio de Janeiro
2013
Desde a eleição de Lula para a Presidência da República, os caminhos da Política Externa Brasileira passaram a ganhar novos contornos. A linha dos governos José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso seguia um plano mais conservador, buscando relações principalmente com o grande bloco internacional – Estados Unidos, União Européia e Japão – deixando de lado a África, que ao fim do governo FHC representava apenas 4% das exportações brasileiras.
Buscou-se a construção de alianças fora hemisfério como forma de ampliar o poder de influência brasileiro no âmbito internacional a partir de uma agenda ativa e de um comportamento protagonista. O crescimento da relação do Brasil com a África fica evidente ao constatarmos que no 1º mandato do presidente Lula foram 6 visitas ao continente, percorrendo mais de 20 países. Fato substancialmente considerável, sobretudo quando comparado aos governos predecessores que, em seu conjunto, não registraram mais do que sete viagens presidenciais a países desse continente.
Nessa coalizão, como em outras alianças Sul-Sul, a administração Lula procurou, para além da ampliação dos benefícios econômicos individuais, a construção compartilhada de uma identidade comum, calcada por compromissos com uma ordem social e econômica mais "justa" e "igualitária"
O governo brasileiro através de um discurso solidário tenta nos convencer que a ordem mundial global pode ser tratada de uma maneira diferente, esquecendo-se a idéia de uma grande potência – Estados Unidos – e passando-se a pensar em um mundo multipolarizado, onde ele próprio faria parte das potências.
O governo brasileiro