Cooperativa de professores pode dar certo
Artigo
Cooperativa de professores pode dar certo?
“O professor cooperado precisa ter em mente que está assumindo vários papéis além do de professor: é gestor, proprietário e aprendiz, entre outros.”
No final do século passado era lançado, na Inglaterra, o livro “Rethinking the Future”, escrito por um grupo de pensadores de gestão, dentre eles Rowan Gibson, eminente pensador de inovação. A humanidade refletia sobre o novo milênio. Gibson, no capítulo “Repensando negócios”, cunhou a frase: “o fato é que o futuro não será uma continuidade do passado; ele será uma série de descontinuidades”. O mundo vem mudando desde os primórdios. As mudanças no século XXI são mais rápidas, mais ágeis, mais profundas. No campo econômico, mudanças profundas estão em andamento. O eixo do comércio mundial está pendendo para o continente asiático, onde a China está mostrando seu poderio econômico. O mundo dos negócios está diferente. Escola é negócio ou pode ser negócio? Sabemos que a frase será alvo de muitas contestações no meio acadêmico. Não sabemos quem a cunhou, mas os autores e os leitores já ouviram: “não podemos mercantilizar a educação”. Empresas têm como objetivo gerar lucros para remunerar seus investidores. Esta é a mais ortodoxa prática da economia capitalista. O Brasil é um país capitalista. Portanto, as escolas, exceto as públicas, buscam lucro. Para amenizar, as escolas buscam ter resultado positivo. Escolas mantidas por entidades filantrópicas e comunitárias precisam de superávit, escolas mantidas por cooperativas precisam de sobras. Escolas privadas precisam mesmo de lucro. Ambas precisam investir. Estão ganhando força nos últimos tempos, frutos da nova ordem econômica mundial, escolas mantidas por cooperativas. Elas são sociedades de pessoas que não têm no lucro o seu fim, mas sim a prestação de serviços a seus associados, proporcionando-lhes melhores condições de vida. O cooperativismo está baseado nos princípios: 1) adesão livre e