Conversa sobre terapia
Quando falamos sobre terapia,logo nos vem a mente um psicólogo numa sala juntamente com seu paciente sentados juntos numa conversa.Olhando de fora,nem imaginamos o que ocorre entre essas duas pessoas numa sessão de terapia.E quando nossa abordagem é a fenomenologia,nos deparamos com algo desafiador e ao mesmo tempo apaixonante,desafiador por sua prosposta apresentada,e apaixonante pelo modo de ver o outro,de tentar se aproximar ao máximo de seu sofrimento e de se implicar nessa relação.
Dentre os desafios encontrados na fenomenologia,o uso ou não de uma teoria é um dos mais questionadores.Como ser psicólogo sem uma teoria para explicar meu paciente?Aonde devo recorrer quando as demandas surgirem?Esses tipos de questionamentos acaba nos trazendo um desconforto,pois o ser humano em si tem a necessiadade de algo que lhe der uma segurança,um suporte.Segundo a fenomenologia,devemos suspender as teorias da psicologia,que explicam o pensamento do homem,suas emoções,seu desenvolvemento,explicam o porquê de certas patologias.A idéia de suspender essas teorias nos causa uma sensação de desamparo,pois é bem mais fácil e conveniente enquadrar o sujeito em algum tipo de teoria e dizer que ele tem isso e aquilo,ou então que ele esta passando por isso por conta daquilo.
A proposta da fenomenologia que é lidar com o fenômeno,chegando ao máximo de aproximidade do sofrimento do outro enquanto sujeito,propõe então o uso da teoria como suporte e não como uma teoria de enquadre: "Quem trabalha com fenomenologia convive com isto: a necessidade de ir direto ao fenômeno tal como se apresenta- ir atrás de seu significado que pode mesmo contrariar qualquer teoria de psicologia-,sem contudo ignorar as teorias que pretendem explicá-lo."PRADO,Maria de Fátima de Almeida
Diante disso descobrimos que para fazer uma terapia não são necessários manuais que ensinam como se deve acontecer,mas sim pequenas coisas que fazem toda a diferença,como por exemplo só em está