Conversa de Arquiteto
Oscar Niemeyer começa explicando como nasce a arquitetura de um simples traço. Antes de fazer com que esse traço vire uma obra de arte, o arquiteto deve conhecer antecipadamente os obstáculos que terá de contornar, como por exemplo: terreno, ambiente, função, recursos, entre outros. A partir daí, o desenho deve atender o programa e ser “possível de construir”. As idéias vão surgindo e sendo lapidadas, com a liberdade plástica que preferimos. Não raramente, o próprio terreno nos dá o caminho a seguir.
Ás vezes, o arquiteto decide usar em sua obra formas antigas, como por exemplo, cúpulas. Outras vezes, a arquitetura surge como uma inovação, que influenciará todo o período em que está inserida. E assim, ganha admiradores e contestadores.
A seguir, o autor fala sobre os caminhos tomados pela arquitetura moderna, que só se concretizou com o advento do concreto armado. O concreto armado possibilitou que as paredes não tivessem mais função estrutural, servindo apenas como vedação (planta livre). Além deste, os outros princípios básicos da arquitetura moderna são: pilotis, o terraço-jardim, a fachada livre e janelas em fita, de acordo com Le Corbusier.
Porém os críticos e teóricos logo contestaram essa liberdade de concepção, trazendo o funcionalismo para a arquitetura. O maior expoente da arquitetura funcionalista foi a escola Bauhaus, onde se fazia arquitetura monótona, sempre igual e multiplicável, pré-fabricada, limitada.
No Brasil, a construção da Pampulha ameaçava essa monotonia existente. Le Corbusier projetou o edifício sede do Ministério da Educação e Saúde, que deu à nossa arquitetura o impulso que faltava. A arquitetura brasileira passou então a ser livre e contestadora, e no exterior a liberdade plástica começou a ser considerada importante. Aqueles que seguiam as regras funcionalistas aderiram ao pós-moderno, que segundo Niemeyer, compromete a simplicidade e a unidade, sendo decorativo em