Conveniencia da Cultura

Pedro Almeida Silva

RESUMO: “A conveniência da Cultura” George Yudice

As noções convencionais de cultura têm se dissipando, e ao mesmo tempo se reinventando, entrelaçado como nunca com as esferas política e econômica. Deixando o ideal antropologico em que reconhece-se que a cultura de qualquer um têm valor, afiliando-se às tendências de globalização acelerada, tornando-se um recurso do poder hegemónico e um recurso das subdivisõens do poder. Além do surgimento daquilo que Jeremy Rifkin(2000) chamou de “capitalismo cultural”. Responsável pela maior distribuição de bens simbólicos no comercio mundial, a cultura (filmes, programas de televisão, músicas, turismo etc.) ocupa um lugar de protagonismo como nunca visto na história da modernidade. Dados da OMC (Organização Mundial do Comércio) e GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio), portanto, pode-se dizer que a cultura simplesmente se tornou um pretexto para a melhoria sociopolítica e para o crescimento econômico, fato que opera transformando o que entendemos por cultura e o que fazemos em seu nome. A cultura proporcionou não somente uma melhoria ideólogica, segundo a qual as pessoas seriam avaliadas em termos de valor humano, mas também uma inscrição material nas formas de comportamento, como se vestem, andam, falam etc. “...a cultura se tornou umeio de internalizar o controle social.” Tony Benner (1995). A globalização pluralizou os as comunicações, contatos e migrações, problematizando o uso da cultura como expediente nacional. As artes e a cultura cada vez mais são tidas como recurso, transformadas em catalizadores do desenvolvimento humano, tratadas então como uma esfera crucial para investimentos. São inúmeros os projetos culturais existentes em qualquer país, sendo assim os financiadores selecionam os projetos a partir das compensações geradas, garantindo um retorno aos investidores. “A cultura pela cultura”, seja lá o que isso represente, caso não ofereça retornos de forma indireta, nunca