O mundo estaria preparado para enfrentar uma epidemia brutal? Não! Creio que essa será a resposta de todos, afinal estamos há anos com ”pequenas” crises na área da saúde que até hoje nada foi resolvido. Saneamento básico, atendimento descente pelo SUS, profissionais qualificados, hospitais equipados e por aí vai. A discussão do filme Contágio não fica apenas na epidemia de fato, vai muito além. Governo, rede de farmácia e corrupção são uns dos assuntos polemizados. Contágio traz a história de um vírus fictício chamado MEV-1. Capaz de matar uma a cada quatro pessoas que infecta, ele materializa uma ameaça cada vez mais presente: os vírus emergentes. O modo de transmissão, os sintomas e a mortalidade foram inspirados no misterioso vírus Nipah, no vírus da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Severa, em português), e na gripe espanhola. Ao analisar o dado filme podemos ver com clareza semelhanças entre os assuntos vistos em sala de aula. Se voltarmos para as aulas iniciais veremos alguns aspectos históricos relacionados à saúde que tratam de epidemias e suas consequências, podemos citar como exemplo a peste bubônica que durante a baixa idade média assolou a Europa matando milhões de pessoas, isso acontecera simplesmente porque não se falava em promoção e proteção da saúde, não existia vigilância em saúde nem tampouco cura para a doença, a medicina era pouco desenvolvida e para piorar a situação, a Igreja Católica opunha-se ao desenvolvimento científico e farmacológico. A doença foi identificada e estudada séculos depois desta epidemia. O filme começa mostrando como algumas pessoas doentes, que têm sua rotina diária, e que podem facilmente contaminar milhares de outras. Essa passagem nos remete ao que foi visto em aula com relação à saúde pública, teoria microbiana, e modelo sanitarista que em sua essência privilegia a forma de transmissão da doença. No início do filme podemos analisar a gênese do problema, o primeiro caso de morte pelo vírus ocorreu em Hong Kong e