Contagio
EUA, 2011 – 106 min.
Ficção Científica
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Z. Burns
Elenco: Matt Damon, Laurence Fishburne, Jude Law, Gwyneth Paltrow, Kate Winslet, Marion Cottillard, Jennifer Ehle, John Hawkes e Elliot Gould
Pandemias e eventos apocalípticos são questões abordadas com tanta pertinência na indústria cinematográfica, que o mero fato de se anunciar uma produção com esta carga de ficção pode motivar desagradável expectativa negativa; fruto dos fracassos e dos clichês excessivos dos últimos tempos. Mas a insistência em produzi-las pode resultar em exceções magistrais. E nesse grupo que se excetua à praxe, encontra-se Contágio.
Gwyneth Paltrow interpreta Beth Emhof, que é contaminada por uma doença letal e misteriosa – depois de ter feito uma viagem à Hong Kong. E tão incompreensível quanto a tal desconhecida doença, é a forma com a qual ela se dissemina; um banal aperto de mãos pode ser o suficiente para contrai-la. Depois do regresso de Emhof para casa, ela morre. E esta é apenas a primeira morte das milhares que se sucederão em todos os continentes da Terra.
Você deve estar se perguntando o que torna Contágio tão distinto de outros filmes com enredos semelhantes, como Epidemia, estrelado por Dustin Hoffman. E eu lhe digo: a resposta está difundida em diversos aspectos da produção, que vão desde a competente seleção de atores para o elenco, bem como as várias lições fundidas nas reflexões ponderadas e vistas no decorrer e depois do filme.
Usufruindo de uma fórmula concentrada de originalidade e sensatez para obter a fixa atenção do espectador nos mais de 1h41m do filme, a ideia principal de Contágio é mostrar os degraus necessários para que algo tão singular ganhe proporções tão pluralizadas. E essa perspectiva – de mostrar, na verdade, como se principia a pandemia e como esta se consolida na sociedade – foi a linha de