Controle postural e motricidade apendicular

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Hadders-Algra, Brogren e Forssberg (30) revisaram alguns estudos sobre os efeitos da maturação e do treinamento no desenvolvimento de ajustes posturais em lactentes saudáveis. Verificaram que, antes dos lactentes adquirirem o sentar sem apoio, já existia um conjunto de respostas posturais altamente variáveis. Sendo assim, acredita- se que inicialmente esses ajustes posturais se desenvolvem por repertório congênito, e a seguir, a experiência da postura contribui para a seleção do padrão de resposta mais eficiente com relação a estabilização.

De acordo com Assaiante e Amblard (31), a cabeça é o segmento mais importante, pois os órgãos sensoriais que nela estão presentes, olhos e labirinto, são fundamentais para a organização postural. Dessa forma, admite-se que a organização postural de todo o corpo depende da estabilização da cabeça.
No entanto, para haver ação coordenada, é necessário que o tronco possibilite a estabilidade da cabeça tanto na postura sentada quanto em pé (32).
No entanto, o desenvolvimento e a manutenção de uma base de apoio estável são fundamentais para a atuação de todos os elementos citados acima (32).
De acordo com Fontaine e Le Bonniec
(33), o desenvolvimento do alcance está relacionado com a idade e postura. No entanto, a postura parece ser o melhor indicador do grau de maturidade do alcance.
A habilidade de alcançar com êxito surge por volta do quarto mês de vida nos lactentes saudáveis, e durante esse período, os movimentos de alcance já são acompanhados por ajustes posturais
(34). No entanto, ocorrem melhoras qualitativas nesses movimentos de alcance até o décimo mês, em virtude do aprimoramento no controle postural, como por exemplo, no ato de sentar sem apoio
(35). Segundo Rochat (36), o surgimento da postura sentada sem apoio, por volta do 5º mês, possibilita o uso das mãos, de forma coordenada, para manipulação e exploração dos objetos.
Corroborando com esses achados, Von