Controle de qualidade - água
[Gianotto, Valter R. – Eng. Químico, M.Sc. / Eng. Segurança do Trabalho]
A água em seu estado químico puro é um líquido incolor, insípido e inodoro. No sentido rigoroso do termo, a água pura não existe na natureza. As águas naturais contém uma série de impurezas, que vão lhe conferir suas características físicas, químicas e biológicas. A qualidade da água depende diretamente destas características. São essas características que vão influir no tipo de tratamento que a água deve ser submetida, o qual depende também do uso que se pretende dar à mesma (consumo humano, recreação, geração de vapor, etc.). Portanto, o conceito de impureza da água tem significado relativo. Por exemplo, a água destinada ao uso doméstico deve ser desprovida de substâncias que produzem cor, turbidez, odor e sabor; ao passo que, a água destinada a geração de vapor, deve ser desprovida de substâncias que provocam arraste, corrosão interna e formação de crostas (incrustações) na caldeira. Na preservação da qualidade da água existem dois aspectos a considerar: A) possibilidade de poluição dos mananciais. B) possibilidade de poluição da água disponibilizada para consumo, depois de captada no manancial. A) Caminhos da poluição das águas dos mananciais: As impurezas contidas nas águas naturais são adquiridas nas diversas fases do ciclo hidrológico; assim, as águas dos mananciais podem se tornar poluídas através dos seguintes caminhos: ● Precipitação Atmosférica: as águas das chuvas entram em contato com existentes na atmosfera. ● Escoamento Superficial: uma parte das águas das chuvas escoam pela superfície terrestre, lavando o solo, solubilizando parte dos minerais e carregando partículas terrosas, detritos vegetais e animais, fertilizantes, fungicidas e inseticidas (áreas cultivadas), etc. para os mananciais superficiais formados pelos lagos, rios e reservatórios de acumulação. A