Controle de qualidade em alimentos
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que os alimentos podem ter um efeito benéfico ou maléfico sobre a saúde das pessoas. Portanto, a proteção da saúde pública envolve o controle de qualidade dos alimentos, antes de serem consumidos. O número e a severidade de casos de enfermidades transmitidos por alimentos aumentaram muito na última década. Os cientistas americanos estimaram que cerca de trinta e três milhões de casos de doenças ocorrem anualmente nos Estados Unidos por conta dos alimentos. De conformidade com um estudo realizado pela Universidade Emory, estimou-se que 9.000 pessoas morrem anualmente nos Estados Unidos por conta de alimentos danosos. No Brasil informações sobre doenças e mortes causadas por alimentos são inexistentes, apesar do reconhecimento de que o controle de qualidade de alimentos no país é muito pobre, mesmo quando existe algum controle.
O conceito de qualidade de alimentos é complexo. No mercado significa um apelo de vendas ou de economia para o consumidor. Para as revistas de nutrição o conceito de qualidade de alimentos significa um apelo à boa saúde e para os toxicologistas qualidade quer dizer segurança, já que os alimentos devem ser inofensivos. A segurança de alimentos tem sido definida como sendo uma prova razoável de certeza de que os alimentos são sanitariamente adequados. Assim, pode-se dizer que o produto alimentício que põe em risco a saúde não tem qualidade.
Embora se utilize aqui o conceito de qualidade como uma ferramenta gerencial moderna, que deve ser parte integral da estrutura gerencial de uma organização, relacionada com o produto ou serviço, é preciso reconhecer a relação que existe entre qualidade de produto e qualidade de vida das pessoas.
Apesar da febre de qualidade, os indicadores sociais no Brasil são suficientes para produzir a não-qualidade. Desta forma, muitas empresas brasileiras teriam dificuldades de viabilizar um programa de qualidade, já que os trabalhadores, descontentes