Controle de perdas

2410 palavras 10 páginas
Introdução

A concepção mais tradicional sobre acidente do trabalho é a que teoriza sobre o erro humano ou atos inseguros. Essa corrente teórica caracteriza-se por apresentar um modelo unicausal, em que o ser humano é o elo fraco do sistema e por isso deve ter seu comportamento controlado por mecanismos de estímulos e respostas, com premiações e punições. É considerada tradicional por ter suas bases na teoria do dominó de Heinrich (1959) e encontrar ainda hoje muitos apoiadores.

Herbert William ("Bill") Heinrich desenvolveu a Teoria do Dominó, enquanto trabalhava na Travellers Companhia de Seguros dos Estados Unidos em 1926, a partir da análise de acidentes do trabalho liquidados por sua companhia, iniciou uma investigação nas empresas em que os acidentes haviam ocorrido, tentando obter informações sobre os gastos adicionais que as mesmas haviam tido, além das indenizações pagas pelo seguro. Foi Heinrich quem introduziu pela primeira vez a idéia de acidentes sem lesão, ou seja, os acidentes com danos a propriedade. Sob este enfoque são considerados todos aqueles acidentes que, de uma forma ou de outra, comprometem o andamento normal de uma atividade, provocando danos materiais.
Os dados refletiam a média da indústria americana, não sendo sua intenção, no entanto, generalizar esta estimativa para todos os casos de levantamento de custos de acidentes nas empresas. Nascia então à chamada Engenharia de Segurança Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os fatores individuais ao invés do sistema.
Anos mais tarde, R. P. Blake analisando o assunto sob o mesmo ponto de vista de Heinrich, chegou a formular com ele afirmativas e sugestões, visando à diminuição da perda por acidentes. Do ponto de vista destes autores as empresas, mais do que promover medidas de proteção social a seus empregados, deveriam efetivamente preocupar-se em evitar os acidentes, sendo eles de qualquer natureza. Esta sugestão estava calcada no

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