Controle de estoque
Frederico Peres, Magda Andreotti, Marco Antonio Carneiro Menezes, Paula de Novaes Sarcinelli, Rita de Cássia Oliveira da Costa e Ubirajara Aluízio de Oliveira Mattos
O risco é a maneira “moderna” por meio da qual o homem lida com os perigos da vida ou, em outras palavras, designa um processo recorrente, com base em longas séries de observação, sobre o qual se tenta intervir, sempre que possível, de forma preventiva. No campo da saúde, por exemplo, tornou-se muito comum empregar a expressão “comportamento de risco” para falar do eventual (des)controle dos indivíduos sobre os perigos a que estão expostos. O controle seria o pré-requisito para a manutenção de sua integridade física e mental; o descontrole seria, por conseguinte, tido como uma “doença”, uma ameaça na qual o indivíduo, por desconhecimento ou pelo seu livre-arbítrio, vai contra a situação tida como segura (PENA-VEGA, 2001). A definição dicionarizada desse conceito estaria próxima da probabilidade de perigo, geralmente com ameaça física para o homem e/ou para o ambiente (HOUAISS, 2001) ou, ainda, a
“consideração de previsibilidade de determinadas situações ou eventos por meio de conhecimento – ou, pelo menos, possibilidade de conhecimento – dos parâmetros de uma distribuição de probabilidades de acontecimentos futuros por meio da computação das experiências matemáticas” (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 1987).
Podemos, assim, concluir que o risco é, de certa forma, uma antecipação do homem aos perigos da vida.
Histórico do conceito
As civilizações antigas, ao observarem fenômenos ou catástrofes naturais, atribuíam as causas desses eventos a manifestações dos deuses.
S aúde
do
Trabalhador
e
ecologia h umana
Não havia, ainda, a ideia de antecipação aos perigos. O futuro era, para essas civilizações, o espelho do passado ou assunto sob o domínio de oráculos e seus estudiosos. Com o Renascimento, o homem, pela primeira vez, “desafia os deuses”: começa a usar seu