CONTROLE BIOL GICO
O controle biológico foi definido por DeBach (1968) como “a ação de parasitóides, predadores e patógenos na manutenção da densidade de outro organismo a um nível mais baixo do que aquele que normalmente ocorreria nas suas ausências”.
O controle biológico pode ser interpretado de três formas: (1) como um campo de estudos em diferentes áreas, tais como ecologia de populações, biosistemática, comportamento, fisiologia e genética; (2) como um fenômeno natural: quase todas as espécies têm inimigos naturais que regulam suas populações e (3) como uma estratégia de controle de pragas através da utilização de parasitóides, predadores e patógenos.
O controle biológico é assim, um componente da estratégia do manejo integrado de pragas, com ênfase, aqui, aos insetos e ácaros. De acordo com Parra et.al. (2002), atualmente o controle biológico assume importância cada vez maior em programas de manejo integrado de pragas (MIP), principalmente em um momento que se discute muito a produção integrada rumo a uma agricultura sustentável. Nesse caso, o controle biológico constitui ao lado da taxonomia, do nível de controle e da amostragem, um dos pilares de sustentação de qualquer programa de MIP.
Inimigos Naturais: Os organismos vivos que atuam como agentes de controle biológico constituem o grupo dos inimigos naturais, o qual é formado pelos parasitóides, predadores e patógenos.
Os dois primeiros são denominados agentes entomófagos e, o último, entomopatogênico. Esses organismos, entomopatogênicos, serão abordados dentro do Controle Microbiano. Quanto aos entomófagos, embora exista um grande número de organismos que se alimentam de insetos, como pássaros, lagartos, sapos, tamanduá, a ênfase aqui é para insetos que se alimentam de insetos, onde se apóiam, atualmente, os programas de controle biológico de insetos-praga. Do ponto de vista econômico, um inimigo natural efetivo é aquele que é capaz de regular a densidade populacional de uma praga e mantê-la em níveis