Contribuições teóricas para o estudo de organizações internacionais
No capítulo “Contribuições Teóricas para o Estudo de Organizações Internacionais” Monica Herz tem como objetivo, analisar as diferentes perspectivas teóricas da sociedade internacional, explicando a cooperação e o conflito entre os principais atores do sistema, a produção de mecanismos de estabilização e as formas como o sistema político é governado, na ausência do aparato estatal central. Associando as abordagens realistas, liberais, marxcistas e outras perspectivas como a funcional, cosmopolita, construtivista e racional, dentre outros, do estudo das relações internacionais.
Monica Rerz inicia com uma perspectiva histórica, do campo de estudo da dísciplina e seus primeiros debates entre liberais e realistas nos anos 30 e 40 com a produção de uma literatura inglesa e norte americana apropriada ao momento de guerras. A autora aponta: os trabalhos de Edward Hallett Carr e Hans Morguenthau são considerados um marco, por enfatizarem as relações de poder entre os Estados e estabelecerm as bases da hegemonia do pensamento realista que caracterizaria a disciplina (Carr, 1939; Morguenthau, 1948).
Segundo a autora, a partir da década de 60, os estudos procuram descobrir qual seria a real função das OI’s, o foco dos problemas nesse momento são: paz e segurança, segurança nuclear, assistência ao processo de descolonização e ajuda ao desenvolvimento.
A bibliografia dos anos 70 já trazia os estudos sobre integração regional e foi o único conceito amplo capaz de estruturar o campo de estudos, até o aparecimento dos trabalhos sobre regimes internacionais nos anos 80, destaca Rerz.
Podemos destacar que nessa época surgiriam as questões do declínio da hegemonia norte-americana e a inoperância da