Trabalho aps
As alterações recentes no mundo dos negócios têm, sem dúvida, atingido o Contador modificando e exigindo cada vez mais desse profissional determinadas competências. As chamadas competências de um profissional são estudadas, inicialmente, na área da Psicologia com os artigos de McClelland (1973), mais tarde com Boyatzis (1982) e depois com Spencer Jr. e Spencer (1993), tendo este último elaborado o chamado dicionário de competências de diversas profissões.
Mais recentemente esses estudos procuram relacionar as competências dos profissionais com suas habilidades intelectuais, cognitivas e a inteligência emocional, como um dos últimos artigos de McClelland (1998). Os estudos de competências e suas relações sofrem, também, influência da abordagem de estudos longitudinais feitos por Boyatzis, Stubbs e Taylor (2002) e Goleman, Boyatzis e McKee (2002), que trabalharam segregando as competências em self-management, relationship management e cognitive.
Apesar de todos os estudos sobre a questão da competência, é consenso que ela ainda não pode ser considerada uma questão resolvida. Competência ainda é um construto em formação. Além dos estudos que buscam um consenso na formação do construto chamado competência, bem como em sua aplicação no âmbito de cargos em organizações empresariais, também é possível encontrar alguns pesquisadores de campos específicos do conhecimento que começaram a utilizar essa base teórica para desenvolver pesquisas aplicadas sobre competências em determinadas profissões, com destaque para médicos (EPSTEIN e HUNDERT, 2002), gerentes de negócios (ERONDU e SHARLAND, 2002) e compradores (GIUNIPERO e PEARCY, 2000; MIGUEL, 2002).
Estudar a profissão de Contador sem considerar eventuais especialidades reflete a característica da profissão no Brasil, que não separa especificações como a tributária, a auditoria, a gerencial, entre outras.
No caso da área de Contabilidade, os estudos sobre competências confundem-se um pouco com as