A internet como instrumento de contrainformação e propaganda política nas eleições
Alexandre Scheibel[1]
Lucas Augusto Alves Faria[2]
Carlos Frederico de Brito d’Andrea[3]
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG
RESUMO: Este artigo procura analisar a campanha do candidato Marcelo Freixo à prefeitura do Rio de Janeiro, levada a cabo via sua página oficial no Facebook, em relação às pesquisas de intenção de voto feitas pelo Ibope no período eleitoral. Esta análise considera quantitativamente os dados obtidos por meio das postagens na referida página, nos dias que antecederam às pesquisas do Ibope (feitas nos meses de agosto, setembro e outubro). Os dados do Ibope apontaram um crescimento das intenções de voto no candidato da ordem de 4% e 6% nas duas últimas pesquisas. Estabelece-se uma relação qualitativa inicialmente, indagando se o aumento de curtidas, compartilhamentos e comentários nas postagens da página do Facebook possui ou não relação com este aumento nas pesquisas. Num segundo momento, demonstra-se se o teor das últimas postagens interferiu, de modo qualitativo, na maior adesão das pessoas ao candidato, manifesta no crescimento da intenção de voto. Desta forma, indaga-se do potencial da internet como instrumento de contrainformação em tempos de campanhas políticas, cujos investimentos massivos seguem sendo feitos nos grandes meios de comunicação, como televisão e jornais.
PALAVRAS-CHAVE: Eleições; Facebook; Marcelo Freixo;
INTRODUÇÃO Com a explosão, popularização e consolidação da Internet após a criação da WWW – surgimento das páginas de HTML - de Tim Berners-Lee, a internet ganhou as mais diversas utilidades e se transformou em uma ferramenta ampla e que abarca os mais diferentes usos. A propaganda política é um bom exemplo disso. Antes, o que só era divulgado por meio da televisão, jornais impressos, revistas e do rádio – meios massivos -, hoje ganha espaço na internet, por meio daquilo que Castells denomina de