Contribuições da psicopatologia no trabalho psicopedagógico
Cristiane Pinholi Gregorin
Como sabemos, a psicopedagogia utiliza-se de diversas maneiras para compreender como se dá o processo do aprender do ser humano; existe a necessidade de um olhar global do sujeito: emoção, conhecimento, família, condições socioculturais..., enfim, procurar entendê-lo com ser completo e jamais, fragmentá-lo, pois aprender, de uma forma geral, é um processo que envolve diversas áreas do desenvolvimento, tais como a psicomotora, afetiva, social, como também, depende do envolvimento do sistema nervoso central, procurando entender as psicopatologias existentes.
Dentro de uma instituição de ensino o psicopedagogo, que é habilitado para compreender o processo de aquisição do conhecimento, pode intervir no âmbito do aprender como no de ensinar devendo ter atenção às diferentes formas de funcionamento explícito e implícito na instituição educacional. Dessa forma precisa “filtrar” as informações teóricas apreendidas, dos modismos, desenvolvendo práticas coerentes para que possa realizar um trabalho consciente e que de fato contribua com a instituição em que atua .
Dificuldades de aprendizagem são muitas e requer um olhar atento dos profissionais, visto que , segundo Bossa p.24, “quando o sintoma dificuldade escolar permanece por muito tempo, desafia as leis da programação biológica da maturação e torna-se parte da estrutura intelectual do sujeito (...) pode-se dizer que o nível de maturação de um indivíduo para a aprendizagem depende do interjogo entre fatores intelectuais e afetivos, o equipamento biológico que traz ao nascer e as condições de comunicabilidade com o meio significativo”.
Nesse sentido, uma das vertentes, se é que se pode chamar assim, seria o estudo das patologias, que apresenta-se como uma excelente ferramenta para a contribuição de conhecimento de cada transtorno, suas definições, sintomas, características e prognósticos. Porém, há a