Contribuições da Psicologia da Educação no contexto escolar brasileiro
Ainda que a Psicologia da Educação seja um assunto relativamente novo se comparado com outros do conhecimento humano, sua história é muito extensa para ser exposta em um seminário, visto que aborda questões que vêm sendo debatidas desde a filosofia praticada na Grécia antiga até os dias atuais. Sendo assim, nos limitaremos, o quanto possível, em expor apenas a repercussão que a Psicologia da Educação obteve no Brasil, a partir da inserção da Psicologia como disciplina nos currículos das Escolas Normais no início do século XX, mas sem perder de vista os movimentos globais que influenciaram diretamente na atuação da Psicologia da Educação no Brasil.
A Psicologia da Educação passou por várias transformações, mudando a definição do termo assim como sua atuação no campo teórico e prático. Todas estas mudanças e suas distinções têm um sentido sócio-histórico. Essas diferenciações estão relacionadas, sobretudo, à definição desse campo em termos de objetos de interesse, finalidades, métodos de investigação e intervenção que, por sua vez, estão relacionados à visão de homem, de mundo, de sociedade, de educação e de escola.
O termo “Educational Psychology”, traduzido literalmente por Psicologia Educacional, que também conota Psicologia da Educação, apareceu pela primeira vez, em termos científicos, em 1903 no livro homônimo de Thorndike nos Estados Unidos. Posteriormente, esse mesmo autor colaborou para a criação da primeira revista dessa temática nos Estados Unidos, intitulada “Journal of Educational Psychology”, em 1910. A partir de então, inspirados por esse primeiro, surgiram outros periódicos de igual interesse, que tiveram grande repercussão nos Estados Unidos, e que serviram de base para a Psicologia da Educação como área ou subárea (como alguns autores preferem chamar) de conhecimento.
A Psicologia, no Brasil, desenvolveu-se estreitamente ligada à Educação, primeiro campo ao qual se deu a aplicação desta ciência em nosso país. Em termos