Contrato Social
Feita a conceituação do Estado de Natureza, pode-se partir para o entendimento de sociedade civil que, ao contrário do Estado de Natureza, possui Estado, leis jurídicas, organização política, normas de moral e propriedade privada. É uma sociedade organizada.
Três grandes filósofos discorreram a respeito da passagem do Estado de Natureza para a sociedade civil, para tanto partiram da análise do comportamento do Homem: Thomas Hobbes de Malmesbury, John Locke e Jean Jacques Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas.
Segundo Hobbes (1588-1679) há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado de guerra seja controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do homem seja dominado. Em uma de sua obras dos Século XV (Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil de 1651) Hobbes diz:
“É certo que algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas, que vivem sociavelmente umas com as outras ( e por isso são contadas por Aristóteles entre as criaturas políticas), sem outra direção senão sem juízos e apetites particulares, nem linguagem através do qual possam indicar umas às outras o quem consideram adequado para o benefício comum. Assim talvez haja alguém interessado em saber por que a humanidade não pode fazer