Contrato social
O cerne da ética homérica se da no valor de cada homem, nos méritos ou qualidades que esse homem se mostra excelente, possuidor da areté. Nessa sociedade os homens deviam buscar exibir sua areté por meio de atos e palavras, o que implicava que, nas aptidões que lhe eram próprias, os homens tinham que fazer isso do modo mais perfeito possível, sempre buscando um ideal. O homem grego tem que sempre desenvolver suas habilidades, para que ele possa mostrar-se superior aos demais, tanto nas olimpíadas quanto na guerra, nas riquezas ou na beleza. Ele procurava se destacar em relação aos demais, sempre buscando a glória, mesmo que isso custasse sua própria vida. A vida do herói se destinava a esse exercício constante de aprimoramento, em que, espelhando-se em uma conduta ideal e desejando provar o seu valor, ele buscava realizar-se como tal, cultivando a honra e buscando a glória. Uma das formas de mostrar o valor de um herói remete à questão de parentesco. Pertencer a uma determinada linhagem o faz mais ou menos nobre, torna-o, de certa maneira, melhor ou pior. Ter em sua genealogia e entre os seus antepassados, heróis, figuras ilustres, senhores de uma areté admirada, já proporcionava ao homem qualidades e virtudes. O guerreiro devia honrar seus antepassados, procurando ser como estes foram, ou melhor. Na Ilíada é comumente visível os heróis descreverem a sua linhagem, tentando demonstrar que são nobres, superiores, e principalmente dignos daqueles que enfrentam. O guerreiro, ainda que pertencente a uma linhagem ilustre, deveria agir de modo compatível com o esperado para manter a notoriedade de sua família. O guerreiro ideal deveria possuir algumas virtudes essenciais, tais como lealdade, hospitalidade, amizade, coragem e, especialmente, a honra.
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