CONTRATO SOCIAL - OS CONTRATUALISTAS
Os contratualistas, Hobbes, Locke e Rousseau, acreditavam que o Estado teria surgido através de um contrato onde os homens estabeleceram regras para o convívio social e subordinação política. Antes desse contrato os três defendem que o homem vivia naturalmente, sem poder e organização, constituindo o estado de natureza. Para Hobbes, o homem no seu estado de natureza, vivia em um verdadeiro estado antagônico. Na falta de um Estado controlador, o homem tende a atacar o próprio homem. O homem torna-se lobo do próprio homem pelo fato de lutar pelos interesses comuns. Ele diz que o direito natural é a liberdade que cada homem possui para usar seu próprio poder de acordo à sua vontade.
Para Locke, os homens viviam originalmente num estágio pré-social, pré-político, caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade, denominado estado de natureza. Diferencia-se de Hobbes pelo estado agora ser de paz e harmônico, o homem possuir a razão e não o homem agindo como animais, como defende Hobbes. Rousseau, toma posição contra a teoria do estado de natureza hobbesiano. O homem natural de Rousseau não é um "lobo" para seus companheiros. Mas ele não está inclinado a se juntar a eles em uma relação duradoura e a formar uma sociedade. Ele não sente o desejo, seus desejos são satisfeitos pela natureza, e a sua inteligência, reduzida apenas às sensações, não pode sequer ter uma ideia do que seria tal associação. O homem tem o instinto natural, e seu instinto é suficiente. Esse instinto é individualista, ele não induz a qualquer vida social. Para viver em sociedade, é preciso a razão ao homem natural. A razão, para ele, é o instrumento que enquadra o homem, nu, ao ambiente social, vestido. Assim como o instinto é o instrumento de adaptação humana à natureza, a razão é o instrumento de adaptação