Contra cultura
Na atualidade diversos eventos ganham os meios de comunicação com tamanha amplitude e evocam a atenção pública, pois remetem a movimentos de autodeterminação e contestação semelhantes àqueles vistos em outras décadas, como em maio de 68, levando em conta seus traços de semelhança ou afinidade. Tais movimentos trazem consigo uma contestação com relação a um estado de coisas vivenciado.
Convém destacar que para que algum produto cultural e, portanto, social adquira status de destaque na sociedade faz-se necessário que o mesmo adquira ressonância junto à sociedade e nesse sentido não só às grandes corporações, mas também junto à massa, ao grande público e aos diversos setores componentes desta. E entendendo assim percebe-se que alguns desses produtos não podem ser reconhecidos e encarados por parte de alguns setores como representativos desse segmento ou como algo passivo de ser visto ou tido como relevante. Trata-se basicamente do fato de que a sociedade é heterogênea em sua composição, por assim ser determinados grupos podem não se afinar nem se identificar com determinadas demandas ou imposições sociais. Assim sendo, por meio de diversos canais de contestação ou formas de expressão tais segmentos demonstram sua visão de mundo, com o fim de chamar atenção para a não representatividade de suas demandas e necessidades.
Os movimentos que culminaram com o movimento denominado de Primavera Árabe nos servem de bom exemplo para pensar sobre essas transformações e questões postas na atualidade. A Primavera Árabe foi um movimento de contracultura, segundo o qual as pessoas que estavam insatisfeitas e rejeitavam os padrões da sociedade onde viviam começaram uma rebelião. Esse povo estava muito insatisfeito com sua condição de vida, com o desemprego, a injustiça política e social de seus governos, a falta de liberdades e a falta de infra-estruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento ficam nas mãos de poucos e corruptos. Primavera