Cultura e Contra cultura
Durante os anos 50, grande parte da juventude dos Estados Unidos começa a protestar contra os padrões sociais estabelecidos. Mas quais eram tais padrões? Para responder a esta pergunta, é necessário tocar na temática da Guerra Fria. Com o mundo dividido em duas potências em pé de guerra, URSS e EUA, houve um grande impulso na indústria, criado pelo medo mútuo entre os dois países. Profissionais de diversas áreas passavam o tempo todo preocupados e se preparando para um possível confronto. Além disso, a corrida armamentista gerou um enorme lucro para o setor.
Naquele período, mesmo o constante estado de paranoia, a qualidade de vida das pessoas melhorou com o advento da revolução tecnológica. Com a modernização da agricultura, trabalhadores do campo migram para a cidade aumentando o processo de urbanização. A produtividade de produtos do campo chega ao seu auge e descobertas no campo da medicina aumentam a expectativa de vida. O que antes era considerado um luxo, como televisão, rádio, discos, produtos para higiene, entre outros, torna-se corriqueiro nos lares.
Dentro deste panorama, ocorre uma grande melhora na educação, iniciada pelo aumento da remuneração e diminuição do trabalho de menores. O ingresso em grandes universidades deixa de ser apenas para pessoas privilegiadas, fazendo com que os jovens tivessem mais tempo para se dedicar aos estudos. Porém, essa mesma juventude beneficiada é a que começa contestar a cultura de seus pais, como a sociedade de consumo e a associação da riqueza ao bem-estar do indivíduo.
Assim, os jovens criam uma identidade própria e isso gera um grande afastamento entre as duas gerações. Nos anos 50, surgem os famosos beatniks (geração beat): William Burroughs, Jack Kerouac e Allen Ginsberg. Através de suas obras e estilo de vida, estes intelectuais transgressores defendiam valores extremamente libertários. Ao mesmo tempo, surge o rock’n’roll, influenciado pela música negra. Ídolos como Chuck Berry, Bo