conto
O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres e acontecimentos, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo. Em Angola e Moçambique é comum o termo estória1 para se referir a conto.
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso.
Contistas famosos em língua portuguesa
Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Artur de Azevedo destacam-se no panorama brasileiro do conto, abrindo espaço para contistas como Monteiro Lobato, Clarice
Lispector, Ruth Rocha, Lima Barreto, Otto Lara Resende, Lygia Fagundes Telles, José J.
Veiga, Dalton Trevisan e Rubem Fonseca.
Eça de Queirós, mais conhecido como romancista, é referência em Portugal por seus contos reunidos para publicação em 1902, dois anos após seu falecimento, bem como Branquinho da Fonseca, cuja obra inclui diversas antologias de contos.
Em Moçambique, o conto é um género próspero, como se pode ver pela obra de Mia
Couto e pela antologia de Nelson Saúte, "As Mãos dos Pretos".
A figura contista encontra-se perdida na atualidade, em face da valorização do romance em oposição à prosa curta e à poesia enquanto gêneros literários. Um dos poucos redutos em que sobrevive e, mais do que isso, impera, é a ficção científica, suportado pelas grandes e importantes contribuições de contistas modernos.
Fases
Há várias fases do conto. Tais fases nada têm a ver com aquelas estudadas por Vladimir
Propp no livro "A morfologia do conto maravilhoso", no qual, para descrever o conto, Propp o "desmonta" e o "classifica" em unidades estruturais – constantes, variantes, sistemas, fontes, funções, assuntos, etc. Além disso, ele fala de uma "primeira fase" (religiosa) e