Conto
Alunas: Amanda Barroso, Emanuela Patrícia, Pedrina Bruna e Sabrina da Silva.
Disciplina: Língua Portuguesa. Série: 2º Ano, Técnico em Informática.
MINHA VIDA AQUI
Kiuma Ozí, Nigéria, 1988.
Minha vida nunca foi fácil, na verdade é impossível entender tanto sofrimento, desde pequeno vejo membro a membro da minha comunidade morrer por conta de graves doenças, mas sendo então negros e pobres, parece que não temos importância alguma. Não me conformando com nossa situação, fui pedir ajuda aos que se dizem supremos, mesmo sabendo que não seria fácil, tentei, e não desisti.
27 de outubro, foi o dia em que a comunidade de Santa Cruz ganhou seu primeiro representante, fui à cidade de Lagos, tentar um dialogo com o presidente do governo nigeriano, queria explicá-lo a realidade em que eu e minha comunidade vivíamos.
- Bom dia! O presidente está?
A secretária do escritório presidencial, me olhando de cima a baixo, ignorou minha pergunta, preferi pensar que ela não tivera me ouvido e repeti:
- Senhora, preciso falar com o presidente, ele está?
Saindo de seu ignorante silêncio, disse:
- Peço que se retire, não vê que suas vestes são inadequadas para este recinto?
Mesmo tão humilhado, manti minha educação, pedi desculpas e me retirei.
Não desistiria tão fácil. Sentei-me na escadaria, à espera do presidente, vencido pelo cansaço, acabei por adormecer, quando despertei percebi que já era tarde, creio que ele não tenha me visto ali. Resolvi esperar sua volta, por lá mesmo dormi. Acreditava que só precisava de uma chance à sua frente para convencê-lo de que precisávamos de ajuda.
Pela manhã, despertei ao ouvir a chegada de um carro, era o presidente. Aproximei-me, tentando lhe explicar minha situação, falei:
- Senhor Presidente! Tenho um assunto importante para tratar com o senhor, estou aqui desde ontem à sua espera, dormi por aqui mesmo, creio que não tenha me visto.
- O que uma pessoa como você tem a tratar comigo? Disse o