Conto - A estranha
Fred está contando uma história de terror. – ...Então quando ela abriu os olhos uma fera estava em cima dela... Buhh! – Marina da um pulo aos gritos e logo leva a mão a boca enquanto a outra bate no ombro de Fred. –
Para com isso! Sabe que morro de medo.
– Nunca vi alguém que tenha tanto medo ficar perambulando de madrugada...nas ruas sombrias... –Fred fala pausadamente com um tom macabro e sarcástico enquanto tomava um generoso gole de vinho.
Marina lhe da outro tapa, enquanto o casal, Júlio e Cleo, que não estavam se importando com o que Fred falava, intervêm. –Parem já com essa briga infantil, se um guarda nos pegar estamos fritos.
Já passava das duas e meia, quando os jovens em meio a risos e goles de vinho, veêm ao longe uma mulher com um andar cambaleante, meio bêbado, quase aos tropeços.
–Acho melhor dobrarmos na próxima esquina. – Diz Marina tentando esconder as pernas bambas.
– Deixe de ser covarde! Vamos ajudar a moça, ela deve estar perdida. –Reclama Fred frente a atitude covarde da amiga.
– Fred tem razão –Concorda Cleo. –Ela deve está morta de bêbada, vamos ajuda-la e quem sabe salva-la de um estupro! – O resto do grupo balança a cabeça concordando com Cleo.
Então se aproximaram da mulher que agora estava com um das mãos apoiada na parede de costas para eles, usava um vestido de um tom de vermelho bem escuro, descalça de um pé e o cabelo louro cacheado com um babyliss se desfazendo, um verdadeiro maltrapilho. Júlio e Fred se entreolharam, Fred tomou a iniciativa e tocou no ombro da estranha mulher fazendo-a ficar de frente, Marina tentou engolir o grito mas algo dele escabou por entre seus dentes porém dessa vez o espanto da jovem era
justificável, a mulher era pálida como a lua e os olhos estavam fundos com olheiras escuras como a noite e os olhos, vitrificados de um azul estranhamente belo e infinito como o mar, estavam