Os Cascamorros de Veiga: uma resenha crítica do livro A Estranha Máquina Estraviada de J. J. Veiga.
Alessandra de Moura Bueno
No livro de contos “A Estranha Máquina Estraviada” há quatorze contos. A narrativa do conto que tem o mesmo título do livro tem como ideia central um acontecimento raro: o inesperado aparecimento de uma enorme máquina que foi colocada na praça central da cidade, em um povoado simples, e que ninguém sabia para que servia e nem que a comprou. Essa máquina foi trazida por pessoas desconhecidas, de mau humor, silenciosos e pouco interessados em dar informações sobre a mesma.
A máquina fez com que o cotidiano daquela gente mudasse. As pessoas da cidade no inicio tiveram medo e desconfiança, logo depois ficaram curiosos em descobrir como aquela máquina funcionava. Pouco tempo depois todos estavam encantados com o mistério e fascínio que a máquina representava, mesmo que sem utilidade, as pessoas estavam encantandas com sua imponente presença, tornando assim o símbolo da cidade e a diferenciando das outras cidades vizinhas.
As crianças logo deram utilidade a tal máquina, fazendo-a de parquinho de diversões, brincando nas suas engrenagens.
Mesmo depois de provocar acidentes, a máquina continua sendo admirada pelas pessoas que mesmo assim não perdem o encanto. A máquina representa o novo, o desconhecido, a presença do mistério na vida daquelas pessoas simples que ali vivem. Por ser um enigma que ela fascina tanto. Assim, qualquer tentativa em fazê-la funcionar, destruiria seu mistério.
A presença da máquina tornou-se natural na cidade e a população gostou desse ar de mistério e simbolismo, como relata o narrador: segundo VEIGA (1998) “Ainda não sabemos para que ela serve, mas isso não tem maior importância... o meu receio e que, quando menos esperarmos, desembarque aqui um moço de fora, desses despachados, que entendem tudo, olhe a máquina por fora e por dentro, pense um pouco e comece a explicar a finalidade dela... se isso acontecer,