Conto infantil
Certo dia, recebeu uma carta da sua neta, que vivia numa terra distante. A carta trazia-lhe uma grande alegria – a neta ia casar-se e convidava a avozinha para assistir ao seu casamento.
Tão contente ficou que imediatamente se pôs a caminho para não chegar atrasada.
Depois de ter andado alguns quilómetros, surgiu à sua frente um grande lobo que lhe disse numa voz rouca:
Ai, velhinha, que eu como-te!
Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha!
Está bem na volta cá te espero! – respondeu o lobo e deixou-a seguir caminho.
Lá mais adiante, surgiu-lhe na frente um urso, que, pousando-lhe as patas nos ombros, lhe disse ao ouvido:
Ai, velhinha, que eu como-te!
Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha!
Tal como o lobo, o urso achou que a velhinha tinha razão e deixou-a seguir viagem, dizendo:
Está bem na volta cá te espero!
Já quase no fim da viagem, uma terceira fera apareceu à velhinha – era um leão.
Ai, velhinha, que eu como-te!
Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha!
O leão também acho que era melhor esperar que ela voltasse mais gordinha. Então disse-lhe:
Está bem na volta cá te espero!
Muito assustada a velhinha continuou o seu caminho até que chegou, por fim a casa da neta. Contou tudo o que lhe acontecera e a neta aclamou-a dizendo que não haveria problema nenhum.
O casamento foi muito bonito e a velhinha estava muito feliz.
Mas, quando se decidiu a voltar para a sua casa, começou a ficar com muito medo. A neta correu ao quintal, cortou a cabacinha maior e mais redondinha que lá tinha abriu-lhe uma pequena porta e a velhinha entrou nela. A neta voltou a fechar a cabacinha.
Então a viagem começou quando a cabacinha e a velhinha