A questão metodológica na perspectiva de uma física mais atrativa
As carências do ensino atualmente podem ser evidenciadas através de diversos fatores, dentre as quais estão a evasão escolar, o alto nível de repetência e fraco desempenho na aplicação do conteúdo do ensino na vida cotidiana.
Este fraco desempenho supera os limites dos campos de conhecimento, apresentando, entretanto, maior impacto nos cursos referentes às ciências da natureza. Analisando mais a fundo, é fácil notar que pouco se aprende de Física na escola. Mais preocupante ainda, é a aversão que Física gera nos aprendizes.
A imagem
É muito comum ouvir expressões como ‘Física é coisa para louco! ‘ a qual representa muito bem a imagem que os estudantes formam sobre a Física na escola. O aluno, quando inicia o estudo da Física, provém da curiosidade como estimulante para o aprendizado. Há uma ‘sede’ na tentativa de compreender a razão dos fenômenos físicos nos quais ele vive. Essa vontade, no entanto, é rompida quando o aluno se depara com a atual estrutura de ensino, e é talvez essa quebra de expectativa que promove a aversão pela disciplina.
Infelizmente a base desse aprendizado não leva em conta a potencialidade da Física na disponibilidade de recursos no sentido de torná-la mais atrativa.
Algumas das causas que costumam gerar essa imagem da Física, podem estar relacionadas com pouca valorização do profissional do ensino, as precárias condições de trabalho, a qualidade dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula, a ênfase excessiva na Física clássica e quase que o total esquecimento da Física moderna, o enfoque demasiado na chamada Física matemática ao invés de uma Física mais conceitual, o distanciamento entre o formalismo escolar e o cotidiano dos alunos, a falta de contextualização dos conteúdos desenvolvidos com as questões tecnológicas, a fragmentação dos conteúdos, a forma linear como são desenvolvidos os conteúdos na sala de aula, sem a necessária abertura para questões