conto de fadas na educação infantil

1 INTRODUÇÃO

Inicialmente, surgiram algumas perguntas que necessitavam de reflexões: Quais as possíveis origens dos contos de fadas? O que a criança aprende ao vivenciar os contos de fadas? Os contos de fadas são narrativos que giram em torno de uma problemática espiritual, ética e existencial, ligada a realização interior do individuo, basicamente por intermédio do amor, de deuses, duendes, heróis ou situações em que o que sobressai é o sobrenatural. Os contos abrem espaço para que as crianças possam imaginar e despertar curiosidades que são respondidas no decorrer dos contos (COELHO, 2003). De acordo com o escritor Franz, em seu livro:
“Quando se contam histórias de fada para as crianças, elas se identificam ingênua e imediatamente captam toda a atmosfera e sentimento que a história contém. Se a história do pobre patinho é contada, todas as crianças que têm complexos de inferioridade esperam que no fim elas também se tornem princesas. Isso funciona exatamente como deveria ser; o conto oferece um modelo para a vida, um modelo verificador e encorajador que permanece no inconsciente contendo todas as possibilidades positivas da vida”. (FRANZ, 1990, p.74)

Por fazer parte da sociedade e do folclore de vários povos conhecidos, fica difícil precisar as origens dos contos de fadas. Possivelmente os contos de fada têm origem celta, surgiram como poemas, que revelavam amores estanhos, fatais e eternos, além dos conflitos entre homem e natureza.
Vladimir Propp iniciou estudos científicos relevantes dos contos, em 1920, a partir desses estudos chegou-se a conclusão de que as historias apresentam, apesar da diversidade, a mesma estrutura: início, surgimento do “herói” e “problema” a ser superado no decorrer da historia; ruptura, quando o “herói” vai ao desconhecido, apresentando momentos de insegurança em sua vida; conforto, superação de obstáculo e perigos, é quando o “herói” busca soluções e superação para seu problema; restauração, quando se inicia o